sábado, 30 de outubro de 2010



CICLO CELULAR

                O ciclo vital celular compreende a interfase e a mitose. A maior parte da vida celular corresponde à interfase, caracterizada pela intensa atividade bioquímica, que permite a duplicação cromossômica e o crescimento celular.

INTERFASE
           
Na interfase há três períodos: G1, S e G2.

Período G1: nessa etapa verifica-se a síntese de RNA e de proteínas, o que permite o crescimento da célula.

Período S: ocorre a síntese de DNA e a duplicação cromossômica.

Período G2: reduz-se a atividade celular.

MITOSE

                Na mitose, uma célula diplóide (2n) se divide e origina duas novas células diplóides (2n). Essa divisão celular permite a reprodução de organismos unicelulares (protozoários, por exemplo) e o crescimento e regeneração dos pluricelulares.
                A mitose foi dividida em quatro fases, para fins didáticos: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

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Prófase: ocorre o aumento do volume celular e a condensação (espiralização) da cromatina, que se transforma em cromossomos. Devido à duplicação cromossômica ocorrida em S, cada cromossomo se apresenta dividido em duas cromátides (cromátides-irmãs). A membrana nuclear e o nucléolo se desintegram. Os centríolos se duplicam, envolvidos pelas fibras do áster e começam a migrar para os pólos da célula, enquanto se forma o fuso mitótico (fuso acromático). No fuso mitótico se formam dois tipos de fibras: contínuas e descontínuas. As contínuas se estendem de centríolo a centríolo; as descontínuas se inserem nos centrômeros.

Metáfase: nessa fase os cromossomos estão na região equatorial da célula, atingindo o ponto máximo de condensação, sendo vistos com maior nitidez ao microscópio óptico.

Anáfase: na anáfase os centrômeros se duplicam, permitindo a separação das cromátides-irmãs. O encurtamento das fibras do fuso arrasta os cromossomos para os pólos da célula.

Telófase: ao atingirem os pólos, os cromossomos iniciam o processo de desespiralização (volta ao estágio de cromatina), enquanto desaparecem as fibras do áster e do fuso mitótico. A carioteca se reorganiza a partir do retículo endoplasmático, assim como os nucléolos. Dessa maneira, aparecem dois núcleos, iniciando-se o processo de divisão citoplasmática, conhecido como citocinese. Na região equatorial da célula surge um estrangulamento que vai se aprofundando até dividir completamente a célula. Os processos na telófase são inversos aos que acontecem na prófase.

MEIOSE

                A meiose é um tipo especial de divisão celular em que uma célula diplóide (2n), após uma replicação do DNA, sofre duas divisões sucessivas, originando quatro células haplóides (n). É a divisão celular que ocorre na formação dos gametas (espermatozóides e óvulos).

Divisão 1 da Meiose

Prófase I: devido a sua complexidade e duração, a prófase I foi dividida em cinco estágios (leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese).

  • Leptóteno: caracteriza-se pelo aparecimento dos cromossomos com pouca condensação, pois a duplicação já ocorreu na interfase. Os centríolos se duplicam e começam a migrar para os pólos da célula. Inicia-se a formação do áster. O núcleo e o nucléolo ainda são visíveis.
  • Zigóteno: começa o pareamento dos cromossomos homólogos, processo chamado de sinapse, enquanto amplia-se o áster. Inicia-se a formação do fuso acromático. O nucléolo começa a se desintegrar, mas o núcleo permanece íntegro.
  • Paquíteno: completa-se o pareamento dos cromossomos, que estão mais condensados e curtos. Cada par de cromossomos representa uma tétrade (quatro cromátides). Nesse estágio, durante o pareamento, pode ocorrer permuta ou “crossing-over”, nome dado à troca de segmentos entre cromátides homólogas.
  • Diplóteno: os cromossomos homólogos sofrem pequeno afastamento, permanecendo ainda unidos pelos centrômeros e entrecruzados em pontos chamados quiasmas. Nesse momento o núcleo começa a se desintegrar.  
  • Diacinese: a condensação cromossômica se acentua, reduzindo-se o número de quiasmas, que deslizam para as extremidades das cromátides. O fuso acromático está completamente formado; os centríolos encontram-se nos pólos da célula, enquanto que o núcleo e o nucléolo desaparecem.
Metáfase I: os cromossomos duplicados e pareados localizam-se no equador do fuso acromático (meiótico).

Anáfase I: os cromossomos homólogos se separam e começa a citocinese.

Telófase I: com os cromossomos localizados em cada pólo da célula, ocorre a formação de dois núcleos com n cromossomos duplicados. Ocorre o final da citocinese, com a formação de duas células haplóides (n). Ao final da telófase algumas células iniciam imediatamente a segunda divisão da meiose e outras entram numa rápida interfase, em que não há duplicação de DNA.

Divisão 2 da Meiose

Prófase II: os núcleos se desintegram e aparecem os fusos acromáticos, perpendiculares aos da divisão 1.

Metáfase II: os cromossomos duplicados em cromátides estão no equador do fuso.

Anáfase II: ocorre a divisão dos centrômeros e a separação das cromátides irmãs.

Telófase II: formam-se quatro células haplóides.

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